Descarbonizar edificações é a chave para descarbonizar nosso futuro
Durante a realização da COP27 em Sharm El-Sheikh, no Egito, o grupo de trabalho denominado Força-Tarefa de Edificações Sustentáveis, presidida pelo CEO George Oliver, da […]

Durante a realização da COP27 em Sharm El-Sheikh, no Egito, o grupo de trabalho denominado Força-Tarefa de Edificações Sustentáveis, presidida pelo CEO George Oliver, da Johnson Controls, lançou um documento com propostas de ações para descarbonizar edificações.
A convite do Rei Charles III, do Reino Unido, notoriamente engajado em questões ambientais, muito antes de ser coroado rei, o grupo de trabalho foi formado por líderes de empresas globais dedicadas aos ambientes de edificações ao redor do mundo.
Sabendo que as edificações são responsáveis por emitirem quase a metade do total de carbono por ano, o documento propõe investir em construções sustentáveis a fim de alcançar as metas estipuladas no Acordo de Paris e assim, contribuir para evitar as mudanças climáticas.
Segundo George Oliver, “Sabendo que as edificações respondem por quase 40% das emissões de gases de efeito estufa no mundo, sua descarbonização é a chave para o nosso futuro, e estamos em um ponto crítico de inflexão”. Mas Oliver se mostra otimista, segundo ele “A boa notícia é que temos a tecnologia para causar um impacto positivo, aproveitando esta ferramenta para efetivar a eficiência energética, eletrificação e energias renováveis”, conclui.
A tecnologia como aliada para a descarbonizar edificações
Além da divulgação do documento, a Força-Tarefa também anunciou novos compromissos assumidos por algumas das empresas mais importantes do setor de construção civil, incluindo empresas da SMI (Sustainable Markets Initiative) que também trabalharão para ter, pelo menos, uma instalação neutra em carbono até 2030. Ao mesmo tempo, irão colocar em operação a descarbonização do aquecimento e implantação de sistemas de ultrabaixo carbono nos materiais de construção que utilizam.
É importante ressaltar que o grande aliado para atingir as metas de descarbonização das edificações é o uso da tecnologia. A Força-Tarefa identificou três grupos-chave tecnológicos considerados essenciais para alcançar uma redução na emissão de carbono até 2050, são eles:
Tecnologia de eficiência energética
Baseado em soluções digitais para monitorar, comparar, perfilar e prever o consumo de energia a fim de diminuir o desperdício, mas sem sacrificar a qualidade dos serviços ou recursos. Os gestores irão entender onde e como a energia é usada dentro da edificação e assim, conseguirão tomar decisões mais assertivas no sentido de tornar o uso da energia mais racional e econômico.
Equipamentos elétricos
O uso de bombas de calor são mais eficientes do que alternativas movidas a combustíveis fósseis, além de serem vistos como uma tecnologia integral na descarbonização do aquecimento ambiental das edificações.
Energias renováveis
Fontes alternativas como a eólica e a fotovoltaica são uma realidade hoje em dia. Fornecem energia limpa, segura, confiável e tornam os ambientes das edificações mais resilientes e oferecem mais conforto aos usuários, além de trazer economia e menor impacto ambiental. Outras fontes que estão em desenvolvimento são o uso de hidrogênio e seu derivado hidrogênio verde como combustível, captura direta de ar e outras tecnologias que estão sendo aperfeiçoadas.
Educação do usuário final como agente multiplicador
O documento do grupo de trabalho enfatiza que educar o usuário final sobre os benefícios da descarbonização das edificações pode estimular cada indivíduo a fim de promover o engajamento coletivo.
Isso passa por ações individuais e, segundo o documento, fornecer dados de consumo de energia aos consumidores pode ajudar a desencadear seus hábitos e, com isso, contribuir para as mudanças climáticas em uma escala global.